O objetivo de um Ano Novo não é que tenhamos um novo ano. É que tenhamos uma nova alma e um novo nariz; novos pés, uma nova espinha dorsal, novos ouvidos e novos olhos. É que olhemos instantaneamente para uma terra impossível; que achemos muito estranho que a grama seja verde em vez de ser, razoavelmente, roxa; que achemos quase ininteligível que muitas árvores retas cresçam de um mundo redondo em vez de muitos mundos redondos crescerem de árvores retas. O objetivo das definições frias e rígidas do tempo é quase exatamente o mesmo que o das definições frias e rígidas da teologia: é acordar as pessoas. A menos que um homem em particular faça resoluções de Ano Novo, ele não fará resolução alguma. A menos que um homem recomece com relação às coisas, certamente não fará nada eficaz. A menos que um homem comece com a estranha suposição de que nunca existiu antes, é bastante certo que nunca existirá depois. A menos que um homem nasça de novo, ele de modo algum entrará no Reino dos Céus.
Chesterton, G. K. “January One.” The Daily News, Jan. 1.
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